Nem só de pão vive o homem

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domingo, 3 de setembro de 2017

Cumplicidades...e viagens (3)

Continuando a narrativa de uma viagem “de sonho”, sonho meu, claro, a chegada a Creta processou-se sem problemas. As malas não levaram muito tempo a aparecer e vinham todas e sem estragos. Que bom! A isto eu chamo gestão de expectativas J Saímos do aeroporto e havia um balcão do Operador português com gente a atender os passageiros em português, com ar profissional. Pena que não tivessem alguma coisinha que se comesse. Indicaram-nos o autocarro que nos transportaria ao hotel. Entretanto, já tinha anoitecido.
A fominha apertava mas…”é só mais um bocadinho e já papamos” dizia eu à malta.

Eu sabia que o hotel escolhido não era perto de Heraklion. Ficava a cerca de 80 kms de distância. O que eu não sabia é que o autocarro levaria os passageiros todos aos vários hotéis do programa e o nosso era apenas e só…o último!
Para ajudar à “paródia” os vários hotéis situavam-se em locais fora da estrada principal, tendo o autocarro que descer e subir e voltar a descer e dar voltas para passar em sítios onde parecia não caber e ter de se encolher para conseguir avançar. Como se pode imaginar, os 80 kms que se fariam em menos de uma hora (pensávamos nós) levaram um bocadinho (!) mais.

Finalmente, chegámos ao nosso hotel. Nós e mais 2 ou 3 casais. Eram 22:30. Ingenuamente perguntámos onde era o restaurante. “A esta hora está fechado” foi a resposta do recepcionista. Lindo! ” Mas o hotel tem vários restaurantes! Podemos ir a qualquer um” Isto era eu a falar. “Não é possível depois das 22:00” foi a resposta. Aí, o meu querido marido começou a perder a compostura que tinha conseguido manter até então e quase nem deixou que lhe pusessem a pulseirinha que indicava o tal de “Tudo incluído”.
Abreviando, até porque não sei reproduzir as conversas tidas nessa chegada ao hotel, lá nos serviram no quarto umas carnes frias, umas fatias de pão e até uma garrafa de vinho (que ficou por abrir até ao fim da estadia), águas, sumos, enfim, um verdadeiro banquete!
Não tirei fotografias, mas tenho pena.
Tudo isto já quase à meia noite, que o tempo ia passando devagar e os quartos do tipo bungalows eram longe do edifício principal e fomos transportados em carrinhas do género “tuc-tuc”. Ficámos perto uns dos outros, os quartos eram bons e as miúdas adoraram. Pronto, nessa noite ainda demos um passeio pelos jardins, para orientação e desmoer as carnes frias, desfizemos as malas que estavam feitas há mais de 48 horas e dormimos, um bocadinho cansados.




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