Nem só de pão vive o homem

Nem só de pão vive o homem
mas também de observar

domingo, 3 de setembro de 2017

Cumplicidades...e viagens (2)


Chegámos ao dia da partida. Malas feitas, lá fomos para o aeroporto onde comparecemos às 21:00 como nos tinham dito. Às 21:30 abriu o check-in. Afinal foram 30 minutos de espera. Excesso de zelo, pensei eu. Antes de mais que de menos, pronto.
Cartões de embarque na mão, malas entregues, sala de embarque. Às 23:30, informam que o voo está atrasado. Pouco tempo depois….o voo foi cancelado!!!
“Queiram dirigir-se ao tapete rolante, retirar as malas, sair do edifício e lá fora alguém vos dará mais informações” dizia uma assistente do aeroporto, com ar calmo e sereno, perante uns passageiros estupefactos que não queriam acreditar no que ouviam e que faziam perguntas legítimas para as quais ali não havia resposta. Havia pessoas do Porto, havia casais com bebés e crianças pequenas, enfim, era meia noite e a missa ainda tinha a procissão no adro.
Cumpridores, lá fomos buscar as malas e, sinceramente, a confusão no aeroporto era tal que um pouco “pelo cheiro” conseguimos encontrar fora do aeroporto o representante do operador turístico que explicou um pouco atabalhoadamente que o avião tinha tido uma avaria na cidade alemã de onde saía para vir buscar os passageiros a Portugal e que ainda levantou voo mas já sobrevoando Espanha foi informado que não lhe concediam autorização para aterrar tão tarde em Lisboa pelo que regressou à base. Então só no dia seguinte de manhã ainda a hora incerta mas prevista para as 07:00 poderíamos partir. Até lá arranjavam um hotel para se ficar mas…em Lisboa não. Tudo cheio. Só poderia ser em…Torres Vedras! Eram, entretanto, quase 2:00 da madrugada…voo às 07:00, check-in às 05:00. Devem ter querido embalar os passageiros em autocarro de Lisboa Torres Vedras e regresso porque não devia dar para sequer entrar em hotel.
Decidimos ficar nas nossas casinhas para onde fomos de táxi. Para primeira noite de férias, não foi mal…hão-de concordar!
Aí pela 03:00 recebi uma mensagem. O voo era às 14:00, tínhamos que estar às 12:00 no check-in e haveria uma refeição quente a bordo. Assim sendo, dormimos mais um pouco do que tínhamos imaginado e lá regressámos ao aeroporto à hora combinada, tendo apenas tomado um pequeno almoço a correr num estaminé qualquer.
O voo saiu com algum atraso mas pequeno, meia hora talvez, já não sei bem. A bordo, esperámos pela refeição quente. Claro que esperámos sentados (também estávamos num avião, caramba!. Ofereceram-nos um chamado “ex-pão” (já tinha sido pão há uns dias) com uma espécie de fatia de queijo bem fininha para não fazer mal ao colesterol. Para beber? Água ou uma coisa esquisita chamada, salvo erro, “sprite”. Nem sequer um cafezinho daqueles muito maus mas que ajudam. Assistentes de bordo, só vi uma, mas talvez houvesse mais e se tivessem escondido.
Chegámos a Heraklion aí pelas 18:30. Cheios de fome mas a pensar que no hotel para onde seriamos levados, o regime alimentar era “tudo incluído” pelo que teríamos jantar à espera. Nós acreditamos em cada coisa!

Amanhã conto mais.

5 comentários:

  1. Ao fim do segundo parágrafo já eu pensava "Ai o Pedro"!
    Também adorei as assistentes de bordo, "escondidas", se fosse eu, também me escondia...
    Achas que a refeição no avião era do mesmo catering que deram aos nossos bombeiros????
    O que uma pessoa sofre para gozar umas fériazinhas...por isso até tenho medo de pensar no assunto!
    Vá, mas quero tudo!

    ResponderEliminar
  2. Vocês não acreditam! Querem bom mar, bom tempo, bom hotel e boa comida? Djerba, destino ideal. Aguardo os próximos capítulos.

    ResponderEliminar