Do cimo da montanha vejo o mar
Sob um manto de luz embriagado
E por entre folhagens o azul do ar
Fala-me de amor em sussurrado
Amor diferente, amor universal
Que não cabe na minha dimensão
Pois mais não sou que isto, afinal
Poeira etérea de uma constelação
E assim nesta galáxia luminosa
Onde nada parece fazer sentido
Mas onde tudo está certo, certamente
Invade-me uma onda preguiçosa
De emoção e bem-estar enternecido
Que desejo guardar eternamente