Nem só de pão vive o homem

Nem só de pão vive o homem
mas também de observar

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dedico ao Pedro...

Quero ser o teu amigo.

Nem demais e nem de menos.

Nem tão longe e nem tão perto.

Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida.

Da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.

Sem forçar tua vontade.

Sem falar, quando for hora de calar.

E sem calar, quando for hora de falar.

Nem ausente, nem presente por demais.

Simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser amigo, mas confesso

É tão difícil aprender!

E por isso eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças.

Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...


Fernando Pessoa

7 comentários:

  1. Coisas que calam fundo
    no fundo do coração.
    Não poderei dar-te o Mundo
    mas dou-te apenas a mão.

    Pedro "pessoa"
    28 x 28 x ...!

    ResponderEliminar
  2. Mil parabéns pelo dia que passou (e que por acaso casou), pela ideia dos versos do Fernando Pessoa e, sobretudo, pelo poema do Pedro "pessoa". Inaudito!

    ResponderEliminar
  3. Pedro "Pessoa", um poeta a seguir, porque ser poeta não é rimar, é sentir a vida com inteligência, com sensibilidade, com o coração.

    ResponderEliminar
  4. Se o dia foi o tal que comentei há pouco, atrasada, mas parabéns.
    Quanto ao poema para o Pedro, melhor não poderias escolher. Lindo e fala bem fundo...
    Ao do Pedro, parabéns, a ele, pois embora não fosse necessário, lê-se, quão grande é o amor dele por ti. Fico feliz pelos dois. Aqui vai o beijo grande de parabéns.

    ResponderEliminar
  5. O dia não foi o tal que tu referiste...foi antes o da descoberta de duas pessoas que já se conheciam sem se conhecerem...

    ResponderEliminar
  6. Já percebi. Mas também é um dia a festejar...

    ResponderEliminar