Nem só de pão vive o homem

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ontem foi o dia dos vizinhos...


A minha vizinha mais próxima no Alentejo, tem 86 anos, é analfabeta, mas é de uma educação e sensibilidade que me faz senti-la como se fosse da minha família.
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7 comentários:

  1. MILU VIEIRA26 de maio de 2010 às 20:08

    Lucia, só mesmo tu! Também eu adoro conversar com as gentes simples do campo. Com eles se aprende muito e embora uma maioria, infelizmente, sejam analfabetos, têm a sabedoria própria da vida, a ingenuidade que tanto encanto lhes dá e a sensibilidade que só uma vida de dificuldades, tristezas e alegrias, simplicíssimas, mas que para eles têm uma importância enorme. Também só tu com a sensibilidade que te conhecemos te lembrarias do dia do vizinho e de o honrares com tão linda
    imagem. Infelizmente, nós somos 4 vizinhos, mas eles nem a salvação sabem dar. Estranhei muito no início, agora resolvi desvalorizar. Estão lindas as duas, embora cheias de frio e pela imagem com muita águinha. Houve inundação?

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  2. Stella26 de maio de 2010 às 20:49

    A foto está muito gira, como tu dizes, Milú. E inundação só de "boa vizinhança", que o resto parece ser simples chuvada que tenha caído. Para a senhora dos 86 anos ter conseguido lá chegar, não devia ser dia de transbordar a "barragem"... Embora com a Lucinha a amparar...

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  3. M Teresa Góis26 de maio de 2010 às 21:57

    Tenho imensas "avós" e "tias" dessas por aqui. Poços de sabedoria! Com estes velhinhos charmosos, aprendo histórias, ditados, experiências de vida, saio sempre mais enriquecida. E não me coíbo de lhes dar um abraço, miminhos que poucos desfrutaram.

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  4. Isabel Barros26 de maio de 2010 às 22:24

    Pois foi o dia do vizinho,mas aqui por estes lados são muitos 48 e pouco falantes.
    Já não existem vizinhos como antigamente, amigos e verdadeiros.
    Viver em cimento armado é muito confuso, nas grandes cidades com torres de 12 andares tudo muito bonito...e onde está a boa união e educação de antigamente...desapareceu.
    Mudam os tempos e mudam as mentalidades.
    Saudades dos meus tempos de convivio com vizinhos verdadeiros com quem se podia contar
    sempre que necessario...é o progresso das cidades grandes.
    Por isso haver tanto stress e tanta depressão...
    Beijocas para todas.

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  5. Lucia27 de maio de 2010 às 00:26

    A propósito do que a Tuka contou, o marido da "ti" Cremilde, com 88 anos faz poemas populares e o Pedro já começou a gravar alguns desses poemas. São giríssimos e logo que estejam prontos, mostrar-vos-ei.

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  6. Lucia27 de maio de 2010 às 00:34

    E ainda respondendo à Isa, eu tenho mais sorte porque tenho vizinhos muito bons (uns melhores que outros, claro) mas que de uma maneira geral, se preocupam com os outros e são gente simpática e bem disposta. Para vos dar uma ideia, quando estive doente, uma vizinha veio deixar colado na minha porta um envelope com um terço (uma terça, melhor dizendo) que tinha com ela há muito tempo, para que eu me sentisse abençoada. Um encanto de pessoa cujo gesto não mais esqueci.

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  7. Isabel Barros28 de maio de 2010 às 20:35

    Então foi um terço ou uma terça?

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