Nem só de pão vive o homem

Nem só de pão vive o homem
mas também de observar

domingo, 31 de outubro de 2010

Uma reflexão...

TERAPIA DO ELOGIO
Arthur Nogueira (Psicólogo)
Terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram numa recente pesquisa que os membros das famílias estão cada vez mais frios, mais distantes, o carinho é cada vez menos, não se valorizam as qualidades, facilmente se ouvem críticas.

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e desgastam-se na valorização dos defeitos dos outros.
Por isso, as relações de hoje não duram.
A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais os homens a elogiar as suas mulheres ou vice-versa, não vemos os chefes a elogiar o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos a elogiar-se; etc.

Só vemos futilidades: valorizam-se artistas, cantores, jogadores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto, das aparências.
A ausência de elogio afecta muito as pessoas e as famílias.
Há falta de diálogo nos lares. O orgulho e a agitação da vida impede que as pessoas digam o que sentem.
Depois despejam-se essas carências nos consultórios.

Acabam-se casamentos, alguns procurando noutra pessoa o que não conseguem dentro de casa.
Vamos começar a valorizar as nossas famílias, os nossos amigos, alunos ou subordinados.

Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza do parceiro ou parceira, o comportamento de nossos filhos.
O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho fica feliz por ser louvado, o pai e a mãe sentem-se bem ao serem amados e amparados.

O amigo quer sentir-se querido.
Vivemos numa sociedade em que cada um precisa do outro; é impossível uma pessoa viver sozinha e sentir-se feliz. Os elogios são forte motivação na vida de cada um.

10 comentários:

  1. Minha Querida Amiga Lúcia,
    Quanta verdade neste seu lindo e oportuno post!
    Na realidade a falta de valores e princípos hoje existente leva a que a sociedade em geral e os casais em particular não usem uns para com os outros da Terapia do Elogio! Coisa tão fácil de fazer e que está tão esquecida...
    Foi, por isso, muito oportuno traze-la à nossa memória para reacende-la no nosso convivio.
    Um beijinho muito amigo e tenha um óptimo fim-de-semana na companhia do Pedro e talvez das netas!

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  2. Olá Lucia
    Pois é, tudo isto que acabei de ler desapareceu do intímo de cada um...culpa deste aparelho pelo o qual estou a teclar, do outro que dá muitas e variadas imagens, do outro que só ouve e não fala, etc, etc, etc.....
    Cada vez mais há menos dialogo culpa dos aparelhos que o mercado nos põe em frente dos olhos e dos ouvidos.
    Culpa da publicidade enganosa que não nos dá descanso ao nosso cerebro...depois não há tempo para a femília.
    Obrigado por ter publicado este post tão lindo e tão verdadeiro.
    Beijocas Grandes.

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  3. É bem verdade.E podia-se muito bem aproveitar este tempo de crise para começar a praticar. Porque para muitos, a crise só vai fazer com que não possam comprar aquilo que no fundo nem precisam, mas as pessoas vão lamentar-se imenso, apesar de tudo!
    Possívelmente, aqueles que mais precisam, nem vão dizer nada!
    É vêr se os primeiros a protestar não foram os juízes, uns dos que ganham poucochinho...
    Lá estou eu a elogiar...

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  4. Lucia
    Acho lindo e uma realidade tudo que escreveste e que também já comentaram.
    Mas quando o elogio parte de um só lado, quando se dá e pouco ou nada se recebe, quando queremos ser um pouco melhores e não nos deixam, qual a atitude a tomar? Continuar a fazê-lo, a insistir sabendo que essa luta está a tornar-se infructífera?
    Dir-me-às que sim, mas eu confesso que começo a duvidar que valha a pena! E se eu tenho lutado, embora não o pareça!!!...Mas é bom saber que ainda há gente que tem Esperança.

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  5. Milu,
    É claro que há excepções, mas geralmente o ser humeno é reactivo. Se houver agressão, agride também; se houver indiferença, provavelmente fica indiferente também e muitas vezes a tristeza instala-se. Acredito que se houver atenção, ternura e elogios, merecidos, claro, se calhar a atitude será identica. Em todo o caso, vale a pena tentar.

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  6. Gosto de ti, porque ainda acreditas e por teres tido como herança a bondade da tua mãe. Fez de ti um ser quase perfeito, sim porque a perfeição total não existe. Queria sentir e saber amar como tu. Continuo a ser tua fã, mesmo que não passe e não saiba passar a mensagem. Creio que nunca soube. No fundo, acho que sempre procurei esconder os meus sentimentos, mostrando-me forte e segura, mas a que preço, meu Deus. Mas obrigada pelo conselho.
    Beijos

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  7. Oh Miluzinha, que palavras tão bonitas que eu sinceramente acho que não mereço.
    Mas que grande responsabilidade esta de me considerares um ser quase perfeito. São tantas as minhas imperfeições (pelo menos das que me dou conta, pois haverá outras de que não me apercebo), que fico pensando se mereço ter amigas tão boas como tu.
    Mas obrigada e, pelo menos, vou procurar não te causar muita decepção.
    A propósito, só me decepcionas quando vens a Lisboa e não me dizes nada...queria ver como era se eu te fizesse isso quando fosse ao Porto...tinha sermão e missa cantada, no mínimo.
    Beijinho

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  8. Deixem-se de "lamechices", porque decepcionada estou eu com a Lu, que, depois de aqui a amiga andar a servir de intermediária e estafeta para entregar ao porteiro do domicílio 3 espectaculares beringelas originárias da estufa do Zé Manel, não diz se foi recebedora das ditas e se estavam nas devidas condições, para eu poder transmitir à Bé que o serviço foi bem desempenhado! Fico à espera de notícias. Sabes, é que o ser "humeno" é reactivo...

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  9. Lá tinha que vir a "vaidosa" estragar o espírito de grandeza de alma que se tinha instalado.
    Ciumenta!!! "Imbejosa"!!!
    És mesmo muito pouco "humena"!!!
    Só te safas um bocadinho porque me trouxeste cá as beringelas que são magníficas graças à Bé e ao Zé Manel.

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  10. Pronto, estou muito mais descansada! Eu até que estava a gostar do "espírito de grandeza de alma que se tinha instalado" nesta publicação. Dá-me para ver que tenho amigas que não se coibem de se elogiar com sinceridade quando a oportunidade surge e, consequentemente, ajudar na altura própria e adequada. E isto comove-me e a minha já "quase" provecta idade não me permite ficar comovida, porque, quando me emociono choro e é do que menos preciso nesta altura da vida. Portanto é melhor atalhar as "lamechices", como lhes chamei, e partir para a "animação" para podermos rir mais um bocadinho e esquecer as agruras com que a vida não se cansa de nos presentear. Mas que gostei do "diálogo" acima, ai isso gostei, AMIGAS!

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