Nem só de pão vive o homem

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mas também de observar

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Uma pequena estória árabe



Um homem morreu. Possuía 17 camelos e 3 filhos.
Quando seu testamento foi aberto, dizia que a metade dos camelos seria do filho mais velho, um terço seria do segundo e um nono do terceiro.
O que fazer?

Eram dezassete camelos; a metade seria dada ao mais velho.
Então um dos animais deveria ser cortado ao meio?
Isso não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho. E a nona parte ao terceiro?

É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático. Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução - matemática é matemática.

Alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que conheça sobre camelos ao invés de matemática". Foram então ao Sheik da cidade, um homem bastante idoso, pouco ilustrado, porém sábio por sua experiência. Contaram-lhe o problema.

O velho riu e disse:
"É muito simples, não se preocupem".
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão.
Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito.
Ao segundo coube a terça parte - seis camelos;
e ao terceiro filho, foram dados dois camelos - a nona parte.
Sobrou um camelo: o que foi emprestado.
O velho então, pegou seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir".

Essa estória foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh.
Serve para ilustrar a diferença entre a cultura e a erudição. Ele conclui dizendo:
"A cultura envolve conhecimento prático e capacidade de análise, o que nem sempre acontece com os eruditos que só têm memória”.

6 comentários:

  1. Esta história está demais e de uma imaginação formidável. Nota 20!

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  2. Caabeça com que eu estou a história pôs-me ainda pior. Quem sabe, amanhã, não terei um camelo para repartir convosco?

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  3. Oh Milú, então não me digas que te vai nascer durante a noite uma bossa nessa cabeça com que estás hoje? Uma bossa não, têm de ser duas, senão o que repartias connosco era um dromedário! Dorme bem amiga, e acorda sem bossa alguma (a menos que seja "bossa nova"). Aí tá bem!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Lá está, a Palavra de Verificação saíu-me: reclama. Podes apresentar amanhã a reclamação por escrito...

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  6. Milú, tu não existes...já me fizeste rir como só tu sabes.
    Espero que amanhã estejas melhor.
    Beijinho

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