O recente estudo da OCDE: Against the Odds: Disadvantaged Students Who Succeed in School concluí e reitera que os alunos carenciados e oriundos de famílias mais pobres conseguem ser excelentes alunos se integrados nas escolas certas que com eles desenvolvem programas especiais ou cujo ambiente de trabalho e projecto educativo promovam o incentivo e a auto-estima dos seus alunos.
Estes são os alunos resilientes: os que têm a capacidade de enfrentar e ultrapassar as dificuldades e a adversidade do seu meio sócio-económico. Até há pouco tempo, entendia-se que a escola pouco contribuiria para este fenómeno. Porém, este e outros estudos recentes vêm concluir que há duas características que fazem alunos resilientes: (1) interesse em aprender; (2) horas de aulas sobre a matéria. Conclui-se, também, que os currículos escolares que dão prioridade às matérias nucleares (ciência, matemática, língua do país) conseguem que os alunos desfavorecidos obtenham maior aproveitamento das aulas e aprendam mais. Assim, as técnicas de incentivo aos alunos, utilizadas pelos professores e promovidas pelas escolas, são benéficas e produzem resultados positivos. Sobre boas práticas em concreto, este relatório não aborda.
Na OCDE cerca de 31% dos alunos são resilientes. Em Portugal estamos de parabéns porque a taxa de resilientes é de 35%, mas será que
- Estão detectadas as causas e a origem do nosso resultado: Quais são as escolas que contribuem para estes bons resultados?
- Quais são os instrumentos que devemos desenvolver para que os alunos carenciados, todos eles, tenham oportunidade de aceder a estas escolas?
- Como vamos alargar estes casos de boas praticas a um universo cada vez maior de escolas portuguesas e, assim permitir, que todos os alunos possam beneficiar de uma educação de qualidade?
Aumentar a taxa de resiliência é uma questão de justiça social, que exige, em primeiro lugar, tratamento de dados e transparência sobre o resultado das escolas neste parâmetro acompanhadas de medidas de politica educativa que permitam que um maior número de jovens possam aceder a estas escolas. O caminho que defendemos é o da implementação da escolha da escola pelos pais, com medidas sociais de informação aos pais e acompanhadas de financiamento que permitam que todos os jovens acedam às escolas que melhor respondem ao seu potencial.
Lucinha, o assunto é sério para gracejar, mas eu não resisto - as minhas amigas mais resilientes são precisamente a Stella e tu. Paraabéns! Ahahah
ResponderEliminarBeijos
Ainda bem que apareces, amiga. Fazes sempre muita falta...por todas as razões.
ResponderEliminarEspero que isto signifique que estás melhor.
Beijinho