Nem só de pão vive o homem

Nem só de pão vive o homem
mas também de observar

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pela primeira vez recebi as Boas Festas em Outubro!

Resiliência...


O recente estudo da OCDE: Against the Odds: Disadvantaged Students Who Succeed in School concluí e reitera que os alunos carenciados e oriundos de famílias mais pobres conseguem ser excelentes alunos se integrados nas escolas certas que com eles desenvolvem programas especiais ou cujo ambiente de trabalho e projecto educativo promovam o incentivo e a auto-estima dos seus alunos.
Estes são os alunos resilientes: os que têm a capacidade de enfrentar e ultrapassar as dificuldades e a adversidade do seu meio sócio-económico. Até há pouco tempo, entendia-se que a escola pouco contribuiria para este fenómeno. Porém, este e outros estudos recentes vêm concluir que há duas características que fazem alunos resilientes: (1) interesse em aprender; (2) horas de aulas sobre a matéria. Conclui-se, também, que os currículos escolares que dão prioridade às matérias nucleares (ciência, matemática, língua do país) conseguem que os alunos desfavorecidos obtenham maior aproveitamento das aulas e aprendam mais. Assim, as técnicas de incentivo aos alunos, utilizadas pelos professores e promovidas pelas escolas, são benéficas e produzem resultados positivos. Sobre boas práticas em concreto, este relatório não aborda.
Na OCDE cerca de 31% dos alunos são resilientes. Em Portugal estamos de parabéns porque a taxa de resilientes é de 35%, mas será que
  • Estão detectadas as causas e a origem do nosso resultado: Quais são as escolas que contribuem para estes bons resultados?
  • Quais são os instrumentos que devemos desenvolver para que os alunos carenciados, todos eles, tenham oportunidade de aceder a estas escolas?
  • Como vamos alargar estes casos de boas praticas a um universo cada vez maior de escolas portuguesas e, assim permitir, que todos os alunos possam beneficiar de uma educação de qualidade?
Aumentar a taxa de resiliência é uma questão de justiça social, que exige, em primeiro lugar, tratamento de dados e transparência sobre o resultado das escolas neste parâmetro acompanhadas de medidas de politica educativa que permitam que um maior número de jovens possam aceder a estas escolas. O caminho que defendemos é o da implementação da escolha da escola pelos pais, com medidas sociais de informação aos pais e acompanhadas de financiamento que permitam que todos os jovens acedam às escolas que melhor respondem ao seu potencial.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um céu especial




Os entendidos nestas coisas dizem que este tipo de céu tem um significado especial...alguém sabe qual é?

sábado, 15 de outubro de 2011

Maricas das cavernas?


Perto de Praga foi descoberto um esqueleto pré-histórico datado entre 2500 e 2800 AC. Trata-se de um homem que, no entanto, foi enterrado segundo os procedimentos usados para as mulheres (inclinado para a esquerda e com a cara virada para ocidente, sem armas nem jóias). Os arqueólogos interrogam-se se terá sido um transexual.
Ou seja, agora já não se pode dizer “homem das cavernas”, mas sim “homem, mulher ou maricas das cavernas”.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estrela "zen" ... Caranguejo pois!

Foto da Nasa
Estrela que explodiu há 900 anos ainda emite energia.

A Nebulosa de Caranguejo que resultou da explosão de uma estrela em 1054, continua a emitir raios gama cada vez mais intensos.
Os raios gama emitidos pela nebulosa atingem 100 mil milhões de vezes mais energia que a luz visível.

A Nebulosa de Caranguejo é uma estrela de neutrões em rápida rotação resultado de uma super nova espectacular há quase mil anos. Enquanto gira, a Nebulosa de Caranguejo emite raios electromagnéticos, como um farol que varre a Terra cerca de 30 vezes por segundo, explica a BBC.

Apesar de ser um elemento de estudo recorrente para especialistas de todo o mundo, a verdade é que a estrela contínua a fascinar os astrónomos. Existe um modelo que regista um limite de quão energéticos os fotões podem ser. Neste estudo publicado recentemente, investigadores revelam que as emissões do pulsar do núcleo da estrela extravasam todas as expectativas.

"Estas energias são muito maiores do que tinha sido previamente pensado que podia ser", explicou Nepomuk Otte do Instituto de Partículas Físicas de Santa Cruz, na Califórnia, um dos autores. "Esta é uma mudança radical na imagem que tínhamos sobre os raios gama provenientes do pulsar das nebulosas".

Os raios gama que chegam à Terra são invisíveis a olho nu. No entanto, quando a estrela explodiu, crê-se que o seu brilho foi de tal forma intenso que os antigos chineses e índios registaram o evento.

Fonte: Boas Notícias

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Alguem sabe o que é isto?


Há quem goste de adivinhas e desafios...ora então digam lá de vossa justiça.

Joana

Fez 9 anos...o avô captou-lhe esta expressão que eu acho um espanto.
Nunca imaginei que ser avó era tão bom.

O último bicho que fotografei


Queria brincar, mas tinha medo e nã me deixava aproximar. Com a curiosidade natural dos gatos, ficou quieto, observando, enquanto eu o fotografava.

sábado, 8 de outubro de 2011

Médicos...

ONDE ANDARÁ O MEU DOUTOR ? ( TATIANA BRUSCKY)

Hoje acordei sentindo uma dorzinha,
aquela dor sem explicação, e uma palpitação,
resolvi procurar um doutor,
fui divagando pelo caminho...
lembrei daquele médico que me atendia vestido de branco
e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de anjo...
o Meu Doutor que curava a minha dor,
não apenas a do meu corpo mas a da minha alma,
que me transmitia paz e calma!

Chegando à recepção do consultório,
fui atendida com uma pergunta:
“Qual o seu plano? “
Ah, o meu plano é viver mais e feliz!
é dar sorrisos, aquecer os que sentem frio
e preencher esse vazio que sinto agora!
Mas a resposta teria que ser outra...o meu plano de saúde!

Apresentei o documento do dito cujo
já meio suado, tanto quanto o meu bolso, e aguardei...
Quando fui chamada corri apressada,
ia ser atendida pelo Doutor,
aquele que cura qualquer tipo de dor,
entrei e o olhei, me surpreendi,
rosto trancado, triste e cansado...
será que ele estava adoentado?
é, quem sabe, talvez gripado
não tinha um semblante alegre,
provavelmente devido à febre...
dei um sorriso meio de lado e um bom dia...
Sobre a mesa, à sua frente, um computador,
e no seu semblante a sua dor,
o que fizeram com o Doutor?

Quando ouvi a sua voz de repente:
O que a senhora sente?
Como eu gostaria de saber o que ele estava sentindo...
parecia mais doente do que eu, a paciente...
Eu? ah! sinto uma dorzinha na barriga e uma palpitação
e esperei a sua reação,
vai me examinar, escutar a minha voz
auscultar o meu coração...
para minha surpresa apenas me entregou uma requisição e disse:
“peça autorização desses exames para conseguir a realização”...
quando li quase morri...

Tomografia computatorizada, ressonância magnética e cintilografia !

ai, meu Deus! que agonia!
eu só conhecia uma tal de abreugrafia...
só sabia o que era ressonar (dormir),
de magnético eu conhecia um olhar...
e cintilar só o das estrelas!
estaria eu à beira da morte? de ir para o céu?
iria morrer assim ao léu?
naquele instante timidamente pensei em falar:
terá o senhor uma amostra grátis
de calor humano para aquecer esse meu frio?
que fazer com essa sensação de vazio? e observe, Doutor,
o tal Pai da Medicina, o grego Hipócrates, acreditava que
A ARTE DA MEDICINA ESTAVA EM OBSERVAR.


Olhe para mim...
bem verdade que o juramento dele está ultrapassado!
médico não é sacerdote...
tem família e todos os problemas inerentes ao ser humano...
mas, por favor, me olhe, ouça a minha história!
preciso que o senhor me escute, ausculte
e examine!

Estou sentindo falta de dizer até aquele 33!
não me abandone assim de uma vez!
procure os sinais da minha doença e cultive a minha esperança!
alimente a minha mente e o meu coração...
me dê, ao menos, uma explicação!
O senhor não se informou se eu ando descalça... ando sim!
gosto de pisar na areia e seguir em frente
deixando as minhas pegadas pelas estradas da vida,
estarei errada?
ou estarei com o verme do amarelão?
existirá umas gotinhas de solução?

Será que já existe vacina contra o tédio?
ou não terá remédio?
que falta o senhor me faz, meu antigo Doutor!
cadê o Sccot, aquele da Emulsão?
que tinha um gosto horrível mas me deixava forte
que nem um Sansão!
e o Elixir? Paregórico e categórico,
e o chazinho de cidreira,
que me deixava a sorrir sem tonteiras?
será que pensei asneiras?

Ah! meu querido e adoentado Doutor!
sinto saudades
dos seus ouvidos para me escutar,
das suas mãos para me examinar,
do seu olhar compreensivo e amigo...
do seu pensar...
o seu sorriso que aliviava a minha dor...
que me dava forças para lutar contra a doença...
e que estimulava a minha saúde e a minha crença...
sairei daqui para um ataúde?
preciso viver e ter saúde!
por favor, me ajude!

Oh! meu Deus, cuide do meu médico e de mim,
caso contrário chegaremos ao fim...
porque da consulta só restou uma requisição
digitada em um computador
e o olhar vago e cansado do Doutor!
precisamos urgente dos nossos médicos amigos,
a medicina agoniza...
ouço até os seus gemidos...

Por favor, tragam de volta o meu Doutor!
estamos todos doentes e sentindo dor...
e peço, para o ser humano, uma receita de calor,
e para o exercício da medicina uma prescrição de amor!

Nota: Tatiana Bruscky, autora do poema é médica e poeta, pelos vistos cheia de humor.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Apreciem...que isto não dura sempre

Mais uma tirada pela máquina maravilhosa do Pedro...
Vista da minha janela, vá, roam-se de invejinha.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Uma pequena estória árabe



Um homem morreu. Possuía 17 camelos e 3 filhos.
Quando seu testamento foi aberto, dizia que a metade dos camelos seria do filho mais velho, um terço seria do segundo e um nono do terceiro.
O que fazer?

Eram dezassete camelos; a metade seria dada ao mais velho.
Então um dos animais deveria ser cortado ao meio?
Isso não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho. E a nona parte ao terceiro?

É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático. Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução - matemática é matemática.

Alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que conheça sobre camelos ao invés de matemática". Foram então ao Sheik da cidade, um homem bastante idoso, pouco ilustrado, porém sábio por sua experiência. Contaram-lhe o problema.

O velho riu e disse:
"É muito simples, não se preocupem".
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão.
Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito.
Ao segundo coube a terça parte - seis camelos;
e ao terceiro filho, foram dados dois camelos - a nona parte.
Sobrou um camelo: o que foi emprestado.
O velho então, pegou seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir".

Essa estória foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh.
Serve para ilustrar a diferença entre a cultura e a erudição. Ele conclui dizendo:
"A cultura envolve conhecimento prático e capacidade de análise, o que nem sempre acontece com os eruditos que só têm memória”.

Cantar do amigo perfeito


Passado o mar, passado o mundo, em longes praias,
de areia e ténues vagas, como esta
em que haverá de nossos passos a memória
embora soterrada pela areia nova,
e em que sobre as muralhas quanta sombra
na pedra carcomida guarda que passámos,
em longes praias, outras nuvens, outras vozes,
ainda recordas esta, ó meu amigo?

Aqui passeámos tanta vez, por entre os corpos
da alheia juventude, impudica ou severa,
esplêndida ou sem graça, à venda ou pronta a dar-se,
ido na brisa o sol às mais sombrias curvas;
e o meu e o teu olhar guiando-se leais,
de nós um para o outro conquistando
- em longes praias, outras nuvens, outras vozes,
ainda recordas, diz, ó meu amigo?

Também aqui relembro as ruas tenebrosas,
de vulto em vulto percorridas, lado a lado,
numa nudez sem espírito, confiança
tranquila e áspera, animal e tácita,
já menos que amizade, mas diversa
da suspeição do amor, tão cauta e delicada
- em longes praias, outras nuvens, outras vozes,
ainda as recordas, diz, ó meu amigo?

Também aqui, sorrindo em branda mágoa,
desfiámos, sem palavras castamente cruas,
não já sequer os íntimos segredos
que o próprio amor, porque ama, não confessa,
nem a vaidade humana dos sentidos, mas
subtis fraquezas vis, ingénuas e secretas
- em longes praias, outras nuvens, outras vozes,
ainda recordas, diz, ó amigo?

Partiste e foi contigo a juventude.
Ficou o silêncio adulto, pensativo e pródigo,
e o terror de não ser minha estátua jacente
sobre o túmulo frio onde as cinzas da infância
desmentem - palpitar de traiçoeira fénix! -
que só do amor ou só da terra haja saudade.
Em longes praias, outras nuvens, outras vozes,
tu sabes que a levaste, ó meu amigo?

Jorge de Sena, in 'Pedra Filosofal'

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Que me dizem a este sol poente, visto da minha janela?

Foi ontem e a foto é da autoria do Pedro, que tem uma máquina melhor que a minha...

sábado, 1 de outubro de 2011

Já vos apareceu alguma destas?

Alguém anda a carimbar as notas em nome do FMI para lembrar os portugueses de que é preciso poupar mais!