Chamava-se Pinguinhas e era como se me tivesse adoptado como sua dona, coisa que às vezes causava algum embaraço com os seus verdadeiros donos, nossos vizinhos no Alentejo.
Quando chegávamos, ele já estava ao portão saltando de contentamento. Abraçava-nos, punha a cabeça de lado e gemia parecendo dizer: tinha tantas saudades vossas!
Expressivo e inteligente, meigo e brincalhão, todos gostavam dele mas, como diz o Eduardo, vizinho que tem 8 anos, todos, menos o Mel com quem ele andou à luta para defender a sua dama. Coisas de cães, dizem. Ficou muito ferido mas parecia que ia recompor-se. As feridas do corpo curaram, mas havia uma na boca que infectou e ele deixou de comer. Levei-o ao veterinário…antibiótico, vitaminas e durante uns dias melhorou. Infelizmente foi Sol de pouca dura.
O Monte já não tem a mesma graça. O nosso amigo deixou-nos e só me consola ter estado ao pé dele na hora da partida. Foi duro e fiquei triste.
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Sei como gostavas do cãozinho e percebo bem a tua tristeza.
ResponderEliminarÓ Lúcia que pena, já fazia parte do Monte. A Rita também vai sentir a falta dele... e a Niki!
ResponderEliminarbeijinho
Sara
Um corpo inerte e sem expressão que antes era vivacidade e ternura. Lá foi, num saco, pela mão da Sra Fernanda e do Eduardinho, num silêncio disfarçado e com uma certa dignidade. O nó na garganta estava apertado. O dia tinha-se perdido, ele próprio. O dia também andava à procura de consolo...
ResponderEliminarFicou algures na sua residência "oficial". Algures em Val Palheiro, junto de improváveis outros...
Cheguei e ia começar a comentar, o que até se torna difícil depois de ler este comentário do Pedro. Dá para perceber o quanto foi dolorosa esta ocasião...
ResponderEliminarEsperemos que o blog esteja menos "pesado" à medida que eu o for "trepando".
Também aqui te quis dizer qualquer coisa, mas o computador não deixou!
ResponderEliminarTambém, palavras para quê? De certo tens muitas imagens boas, em fotos e na memória, e isso é o que importa.
Uma beijoca grande.