Nem só de pão vive o homem

Nem só de pão vive o homem
mas também de observar

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Amoras


As Amoras

O meu país sabe as amoras bravas
de verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

                                                  Eugénio de Andrade ("O Outro Nome da Terra") 

4 comentários:

  1. E este ano não fomos às amoras...foi pena, é bem divertido.

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  2. Quando eramos miúdas e viamos amoras, apanhávamo-las e dizíamos, " estás a comer amoras, vou dizer ao teu pai que já namoras ", lembras-te? Pois foi pena, não terem ido às amoras, perdeste um namoro À MODA ANTIGA, com o Pedro...mas o Eugénio tinha razão em gostar de amoras, sobretudo estas que são lindas.

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  3. Todos os anos, no verão, fazemos uma ida às amoras, pois por lá há muitas e muito boas. Serve de passeio e divertimento. Depois fazemos doce que, umas vezes melhor, outras pior, é sempre uma delícia.
    Este ano, não deu...falta de tempo e de disposição, não surgiu a oportunidade.
    Ficará para o ano...

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  4. Pois este ano amoras também não encontrámos, mas em contrapartida enchemos o papinho de medronhos (com o devido cuidado para não cair para o lado). E eram uma delícia. Tirei fotos, depois publicarei. Mas adoro amoras.
    Contrariamente ao Eugénio de Andrade, com amoras ou sem elas reparo sempre que o céu do meu país é azul! E que azul!!!

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