Nem só de pão vive o homem

Nem só de pão vive o homem
mas também de observar

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ainda o Natal...




Natal

A chuva cai forte e melódica
A lenha crepita na lareira
A poesia surge de forma metódica
Fazendo-se passar por brincadeira

Um jogo de emoções e sentimentos
Alegria misturada com tristeza
E em turbilhão meus pensamentos
Procuram a razão da incerteza

Do medo da criança assustada,
Das convicções em que tropeço
Tantas vezes (!) quase por tudo e por nada.
Dos laços do amor em que me aqueço

Do que não se explica, que é mistério…
De Deus, do infinito e de todo o Universo.
Não se brinca, que o assunto é sério…
Diria mesmo que chega a ser perverso

Pois enquanto estas dúvidas assolam
A minha mente assim alvoroçada
Crianças e velhos por aí estiolam
Do Natal sabendo quase nada.

L.C.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOM NATAL!!!

A árvore deste ano não pode ser fotografada...por razões que não me apetece explicar. Fica a do ano passado que julgo não cheguei a mostrar.

As árvores precisam de tratamento...


Aqui fica uma amostra do que é preciso fazer lá para as bandas do sul, onde nem sempre o sol brilha, a chuva quando cai é forte e muitas vezes os trovões fazem-se ouvir com estrondo. É assim o inverno...mas os sobreiros estão a crescer e precisam ser tratados.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Natal

Voltando à poesia...


É Dia de Natal

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

É chocante

Segundo a Avaaz, a cadeia de hotéis Hilton, uma das mais conceituadas do mundo pode ser cúmplice de exploração sexual infantil em suas próprias dependências!
Os hotéis são um dos principais lugares onde crianças escravizadas são vendidas para exploração sexual. E a rede Hilton nem ao menos assinou o Código de Conduta internaci onal que obriga hotéis a treinarem os seus funcionários para detectar, denunciar e auxiliar meninas e mulheres exploradas sexualmente.
A adesão do Hilton ao Código teria um impacto enorme – gerando uma rede de funcionários em 77 países e 32.000 hotéis trabalhando contra a exploração sexual de mulheres e crianças.
O Código de Conduta contra a exploração sexual infantil faz que com que os hotéis treinem os seus funcionários para reconhecer vítimas do tráfico e prostituição infantil, educando os seus hóspedes sobre os perigos do turismo sexual, colaborando com a polícia local e defendendo os direitos das vítimas. O Código cria uma primeira linha de defesa contra o tráfico sexual ao redor do mundo.
Todos os dias, centenas de crianças ao redor do mundo são forçadas à escravidão sexual.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Rir faz bem...



Conforme se pode ver, já estamos a rir o triplo. Só falta comer metade e andar o dobro...

Arte...

O artista chama-se Jean-Luc Cornec e as ovelhas encontram-se no Museu de Comunicações de Frankfurt. Cada uma delas é feita de telefones e fios.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Obrigada pelos mimos que hoje me deram!


As pessoas realmente ligadas não precisam de ligação física. Quando se reencontram, mesmo depois de muitos anos afastados, sua amizade é tão forte quanto sempre.
(Deng Ming-Dao)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Já agora...o poema que recitei

Tal como a Stella, também eu tive que decorar e recitar um poema quando andava no liceu.

Dou um prémio a quem adivinhar o autor.

Nos toscos degraus da porta
Da igreja rústica e antiga
Velha e trémula mendiga
Implorava compaixão

À distância, na alameda,
duas crianças brincavam
Uma trajava de seda,
d’outra humilde era o trajar
Uma era rica, outra pobre
Ambas loiras e formosas
Nas faces a cor das rosas
Nos olhos o azul do ar

A rica ao deixar os jogos vencida pelo cansaço
Viu a mendiga e ao regaço
Uma esmola lhe lançou.
Ela recebe-a e a criança que a socorre compassiva
Em prece fervente e viva, aos anjos a encomendou

De um ligeiro sentimento de vaidade possuída
À criança mal vestida disse a do rico trajar:
“O prazer de dar esmolas a ti e aos teus não é dado
Pobre como és coitado, aos pobres o que hás-de dar?”

Então a criança pobre,
sem mais sombra de desgosto
Tendo um sorriso no rosto
Da igreja se aproximou
E ao chegar junto da velha
Descobrindo-se, ajoelha
E a magra mão lhe beijou

É assim que a caridade do pobre ao pobre consola
Não só da mão sai a esmola
Sai também do coração.