Nem só de pão vive o homem

Nem só de pão vive o homem
mas também de observar

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Recordações…




Recordações da minha infância que não sei bem se foi feliz ou infeliz...quando se é criança, a vida corre sem nos darmos conta do que nos falta ou temos a mais.
As circunstâncias da vida separaram-me muito cedo da convivência com o meu pai e penso que isso me marcou profundamente, do que só mais tarde me apercebi.
Na minha memória, a imagem da minha Mãe, inteligente, divertida, sensível, corajosa, batalhadora, sofredora mas sempre digna. A ela sinto que devo a minha formação. Foi ela que me guiou, orientou, protegeu e defendeu, qual leoa na defesa das crias, com toda a sua ternura e todo o seu amor.
Não posso deixar de lhe prestar uma homenagem e louvar a sua coragem, nobreza de carácter e capacidade de discernimento, aliás, sempre presentes até à hora da sua morte.

5 comentários:

  1. Lúcia, nãoimaginas o quão fiquei feliz por rever a tua mãe. Homenagem mais que merecida. Ela tinha todas as qualidades que enumeraste e para mim ainda teve mais, até chegoua ser o meu anjo protector. Recordas-te duma célebre saída nossa, em princípio para o Algarve, terminando em Sevilha? Eu nunca mais a esquecerei! Por mil e uma razões. A tua mãe era extremamente compreensível, carinhosa e aquele sorriso tão bondoso... Mas passando à frente, também tenho umas fotos em cima do muro da minha casa, muito parecidas às tuas. Vou procurá-las e publicar.
    Beijos grandes

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  2. Lucinha, subscrevo completamente o que a Lurdes aqui diz e o que tu disseste sobre a tua mãe. E farto-me de repetir que (e isto toca à parte divertida) a anedota que talvez mais me tenha feito rir, foi-me contada por ela, enquanto descia as escadas do antigo Posto Médico da Encarnação. Não a vou contar, mas basta para ti concerteza o tópico "Um sou eu, quem será o outro?" para saberes de qual se trata. Enquanto descia a escada dizia-me, com a dificuldade que vinha a sentir: "Pareço o outro da anedota" e contou-ma de seguida. Lembro-me que só parei de rir em casa.
    E o sorriso bondoso, que a Lurdes enalteceu, era maravilhoso.
    Que esteja bem feliz, onde quer que esteja!

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  3. Minhas queridas, ela tinha muita ternura por vocês. Essa sua habitual boa disposição referida pela Stella, quantas vezes era para não demonstrar as dores que tinha e o mal que se sentia mas que ela achava que não devia maçar os outros com isso e então contava anedotas e histórias divertidas. A sua bondade era intrínseca. E o sorriso fazia-a transparecer.
    Sei que gostava muito da Milú, mas não me recordo qual o episódio da nossa ida a Sevilha que possa ter sido tão marcante para ela.
    Miluzinha, ainda não tenho placa, mas a memória já não é o que era...
    Beijinho

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  4. Minha querida a história da placa, se não me engano foi uma brincadeira começada pela Stella ou pela Belinha e como sempre demos seguimento,mas não te preocupes, placa, implantes ou seja o que for, já temos todas ou quase todas e olha que a nossa amiga também não vai escapar... Quanto à memória eu devo ser a que mais vezes sou visitada pelo nosso amigo "alemão"...
    Sobre o episódio de Sevilha, quando estivermos juntas relembrar-te-ei.
    Beijos

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  5. Acho a foto debaixo muito gira, até que de repente parece-me vêr a tua mãe vestida à chinesa...
    E, se bem que a ti não te ache muito parecida com os dias de hoje, acho-te, hoje, parecida com a tua mãe nessa foto.
    Poucas vezes estive com a tua mãe, mas sempre a achei uma senhora muito calma e com um sorriso muito sereno .

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