

Recordações da minha infância que não sei bem se foi feliz ou infeliz...quando se é criança, a vida corre sem nos darmos conta do que nos falta ou temos a mais.
As circunstâncias da vida separaram-me muito cedo da convivência com o meu pai e penso que isso me marcou profundamente, do que só mais tarde me apercebi.
Na minha memória, a imagem da minha Mãe, inteligente, divertida, sensível, corajosa, batalhadora, sofredora mas sempre digna. A ela sinto que devo a minha formação. Foi ela que me guiou, orientou, protegeu e defendeu, qual leoa na defesa das crias, com toda a sua ternura e todo o seu amor.
Não posso deixar de lhe prestar uma homenagem e louvar a sua coragem, nobreza de carácter e capacidade de discernimento, aliás, sempre presentes até à hora da sua morte.