As Sem Razões do Amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim. Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade, in 'O Corpo'
A foto é da minha autoria...digam lá se não é bonita?...eheheh (gaba-te cesto).
ResponderEliminarSei que devia ter posto esta informação junto da mesma, mas o novo formato do blog, confundiu-me e...pronto, fica aqui.
Bem "retornada", amiga! A foto é bonita... mas é onde? (já para não perguntar o que é, porque suponho que estás a inclinar-te para a foto "de pormenor" e, assim sendo, percebo o que é - e cheira-me a Zambujeira...). O poema é... um amor!
ResponderEliminarO poema é um Sem palavras soltas, mas algo interregatórias. Contudo, lindo, ou não fosse do Drummond. A fotografia é algo enigmática. A mim parece-me uma construção na areia, feita por ti ou o Pedro nas vossas horas de ócio. Dependendo do lado como se vê, pode parecer o Neptuno, voltado ao contário ou quem sabe, umas daquelas cabeças de índio de que a Tellinha tanto gosta!! Mas que está linda, está.
ResponderEliminarNão pus a fotografia para provocar concursos de enigmas, mas simplesmente porque gostei dela. Foi tirada na praia da Amoreira (costa vicentina) perto de Aljezur e não foi nenhuma construção artificial, pois muito naturalmente já lá estava. Tenho mais algumas do mesmo género que irei mostrar brevemente.
ResponderEliminarBeijinhos, amigas...já esteve com saudades destas andanças.
Esta é das tais fotografias que não interessa saber onde é ou o que é. É bonita e pronto!
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