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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Turismo - Indústria da Paz


Todos sabemos que a aproximação entre pessoas permite uma melhor compreensão dessas pessoas, das razões que os motivam em determinados comportamentos, tantas vezes incompreendidos e criticados quando conhecidos à distancia e naturalmente sem todos os dados de informação. Pessoas com quem se antipatiza e que, quantas vezes, depois de conhecidas, afinal se revelam seres merecedores da nossa simpatia e estima.
Serão raros os que não tiveram uma experiência deste tipo situada, no entanto, dentro da nossa cultura e hábitos de vida, muitas vezes até entre colegas de trabalho, vizinhos ou alguém relacionado com amigos próximos.
Na minha vida profissional tomei conhecimento de variadas experiências de pessoas que, ao viajarem para países distantes, as expectativas que levavam, transmitidas sobretudo pelos media, eram muito negativas em relação ao modo de estar dos povos desses locais. No entanto, ao regressarem desses lugares e após o contacto com essas gentes distantes, perceberam as suas dificuldades, as suas razões, e passaram a compreender o porquê do que de negativo se dizia deles.
Assim é que, ao permitir contactos directos, espontâneos e imediatos entre homens e mulheres de culturas e modos de vida diferentes, o turismo representa uma força viva ao serviço da paz, bem como um factor de amizade e compreensão entre os povos.
O conhecimento recíproco entre indivíduos, graças a encontros e a intercâmbios culturais, contribui sem dúvida para a construção de uma sociedade mais solidária e mais fraterna. O turismo promove a convivência com outras pessoas, a recolha de informações acerca das suas condições de vida, dos seus problemas e pressupõe a partilha das aspirações legítimas de outros povos favorecendo as condições para o seu reconhecimento pacífico.
Ao viajar, o turista habituado aos locais que normalmente frequenta na sua cidade ou aldeia, com paisagens e sons que lhe são familiares, adapta o seu olhar a outras imagens, descobre novos lugares, cores e formas diferentes, outros aromas, modos diversos de sentir e viver a natureza, aprendendo novas palavras e admirando a diversidade de um mundo que ninguém pode abraçar completamente. E assim, naturalmente, dá apreço a tudo o que o circunda e cria até a consciência de que é necessário protegê-lo.
De facto, o turismo diz cada vez mais respeito à vida das pessoas e das nações. Milhões de viajantes deslocam-se em busca de repouso ou de um contacto com a natureza ou ainda desejosos de um conhecimento mais aprofundado de outras culturas. A indústria turística vai pois ao encontro destes desejos e pode dizer-se que praticamente caíram as barreiras que isolavam os povos e os tornavam desconhecidos uns dos outros, num mundo cada vez mais global e interdependente.

4 comentários:

  1. Concordo inteiramente com o texto, mas fiquei sem perceber bem "ao que vinha". Foste tu que o escreveste? Apeteceu-te publicá-lo? Ou estás a repensar montar alguma agência e isto faz já parte da publicidade??? "Disculpa" a curiosidade e a ignorância da amiga...

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  2. Há algum tempo, pediram-me para "palestrar" sobre o tema "Turismo" que ainda era, na altura, a minha actividade profissional. Escrevi um texto, cuja primeira parte aqui publiquei. Ou seja, tem mais que vos irei mostrar, mas, como é extenso, decidi parti-lo em bocados.
    Como sempre, procurando umas coisas, encontro outras...e foi o caso. Encontrei o texto e resolvi partilhá-lo com vocês.
    Continuo a pensar assim mas curiosamente nunca pensei num texto destes para fazer publicidade.
    Certamente por defeito meu, pois nunca tive jeito para essa área.
    E, já agora, gostei muito do que fiz na minha vida, mas longe de mim a ideia de alguma vez mais recomeçar. Só por muita necessidade (que ninguém pode dizer desta água não beberei) mas desejo bem que tal não me aconteça.

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  3. Foi mais ou menos o que cogitei que fosse. Só não sabia a que propósito o terias escrito. Mas que dava para uma boa publicidade, dava. Portanto... se tiveres de recomeçar (que o diabo seja surdo, cego e mudo) já podes optar: turismo ou publicidade! Mas atenção, que "esses publicitários são uns exagerados...!" e a Lucinha não tem jeito para o exagero.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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